quarta-feira, maio 21, 2008

O vírus social X Elemento J



Falando com um amigo hoje sobre algumas mazelas que nós, enquanto seres humanos, temos de carregar, comecei a refletir sobre o que realmente é uma debilidade imposta por nós mesmo e o que é fruto de uma imposição social injusta e indicadora de uma sociedade extremamente atrasada.

Em nossa vida há o crescimento pessoal que é qualificado pelo nosso caráter. Quanto mais evoluimos enquanto seres humanos mais moldamos o nosso caráter a imagem unipessoal do elemento J. Mas oque é elemento J? eu não sei, só sei que este elemento é aquele que traria a perfeição relacional e a paz interior plena advinda de uma experiencia reflexiva e de crescimento. Esta termologia: Elemento J, é apenas um artifício exemplificador para facilitar a compreenção do que nós deveriamos construir em nossas vidas. Ora, sejamos pragmáticos: O mundo, e principalmente o mundo subdesenvolvido (um nome perfeito e até leve para mostrar o grau INvolutivo de muitas nações, inclusive a nossa), vive uma crise de caráter alastrante, como um vírus social que deturpa os indivíduos e adoece as relações interpessoais. Quando se fala em preconceito racial, sexual, desrespeito com o próprio corpo humano (uso de drogas e bebidas alcólicas excessivas), violência e opressão, na verdade se retrata aquele caráter podre e mal construido que de longe não se faz semelhante ao elemento J, que seria o caráter ideal e inexpugnável pelo qual todos deveriam trilhar sua jornada pessoal.

O complicado disso tudo é que como um vírus, este caráter mal construido mantém-se latente socialmente jogando suas amarras poderosas sobre cada indivíduo que se mostre ignorante criticamente (desprovido de senso crítico), e assim as pequenas "miscelas" sociais mantêm-se sujas contaminando grupos sociais maiores que por sua vez induzirão a doença perniciosa para toda a nação.

Vocês meus amigos, que agora lêem isto, e que certamente possuem um caminho pessoal rumo ao "El dourado" social, possuir um caráter semelhante ao elemento J, pensem na atual situação de suas vidas e analisem que tipo de amarra não lhes permitem ser pessoas melhores para com os outros, para o espaço em que vivem e para sí mesmos. Mas nunca se esqueçam: Nosso caráter está relacionado com quem somos quando ninguém está olhando. Nossa reputação, por outro lado, diz respeito à nossa conduta como é vista ou percebida por outros. “Boa” conduta sem caráter se torna hipocrisia e um auto-engano.

terça-feira, maio 20, 2008

SERTRALINA + INCONSTÂNCIA NATURAL = CAOS (cada caso é um caso)





Que eu sou curioso é fato universal e inexpugnável, o problema é arcar com as consequencias dos atos estúpidos que as vezes nos levam a praticar atitudes inconsequentes. No meu caso isso aconteceu porque eu queria saber com é não ter o auto controle sobre meus sentimentos (O fato é que naturalmente eu já não tenho mesmo! meus amigos mais chegados sofrem com a minha inconstancia inerente e muitas vezes destruidora).

Então estou eu na casa do grande Thallew (meu primeiro paciente! hiperativo e com deficit de atenção e etc... classico TDAH) ele é usuário de sertralina.
Vallim: Follew, vc ja tomou sua droguinha?
Thallew: SIM! quer? (estende o braço e oferece gentilmente uma pílula de Sertralina)

Vallim: CLARO! (vupt! pega com tudo e manda pro peito!)

17:00 horas:
Walyn: Humor completamente agitado, feliz excessivamente.


18:00 horas:
Walyn: crise de tristeza súbida com eminencia de choro.


19:00 horas:
Walyn: Pensamentos suicidas... somente isso.


20:00 horas:

Walyn: Não vou sair! to muito mal! vou ficar aqui em casa e me excluir do mundo!


20:10 horas

Walyn: VAMOSSS SAIRRRRRR PLEASE! PLEASE! PLEASE!!! passa aqui me pegar DANI!


21:00 horas
Walyn: Felicidade total, não conseguia sentar na cadeira


00:00 horas
Walyn: Todos com sono! walyn vai pro buteco com Kapet´s e Carlinha conversar e beber um poquinho


03:00 horas
Walyn: Com sono..... durmiu!


Observações:

primeiro: tentei cortar o efeito do remédio 20:00 tomando cerveja na casa da Dani (BURRO! potencializei o efeito e quis me matar! ahuahua)


segundo: tomei café pra tentar ficar mais vivo (BURRO DENOVO! potencializou denovo só que eu fiquei doidão que nem as 17:00)


Conclusão: Não tome droguinhas que não são para o seu bico! hehehe


Meu Deus! dessa vez eu me superei! foi o pior post do mundo! pior q o do Capeta e Jisuis!


quarta-feira, abril 09, 2008

Bioética e Religião

“Mas que uma coisa fique claro: Não deve-se misturar religião com bioética. Nunca”

Interessante como hoje eu escutei essa frase, e por diversas vezes, proferida pelo meu professor de prática médica quando este falava a respeito da elaboração de leis que paramentassem ações médicas providas de questionamentos éticos. Será que ele foi realmente coerente com a situação histórico-científica pela qual se desenvolveu a bioética, e junto dela a religião?
Ora, o advento da segunda guerra mundial, trouxe a tona os horrendos experimentos proferidos pelos alemães contra seus algozes capturados, desde torturas a amputamentos, com o intuito de se estudar a natureza humana e seus aspectos fisiológicos. Este foi o estopim histórico para o desenvolvimento de uma ciência que tentaria regulamentar juridicamente, e questionar, trazendo luz a atual situação da medicina e da manipulação humana na pesquisa: A Bioética. Porém a bioética se enquadra como uma ciência, e justamente por este título está vinculada à análise (que essencialmente é a prerrogativa para a pesquisa) e ai encontramos a linha convergente entre esta fascinante disciplina e a religião.
Toda a pesquisa surge de uma insatisfação com a atual situação vigente na sociedade. Pesquisa-se o sangue para facilitar o transplante de órgãos. Pesquisou-se sobre a produção de luz porque a população se encontrava no escuro, a melhora na produção alimentícia porque a demanda para o consumo de alimentos aumentou, e por fim produz-se a bioética porque acontecimentos eticamente reprováveis são cometidos. Ou seja, pesquisa é uma ponte que interconecta a insatisfação à produção do artifício satisfatório.
A religião durante todo o seu percurso histórico foi uma ponte pelo qual o ser humano retirou-se de um quadro de insatisfação (a busca pelo sentido da vida e sua própria existência), para um quadro de satisfação, (a ideologia religiosa que responde a estes questionamentos). Ela é essencialmente um mecanismo exatamente igual à pesquisa, mas em um âmbito metafísico e possui em si uma base firmemente produzida, semelhante aos conceitos identificados na produção científica.
Por muito tempo não se foi dado conta desta particularidade da religião, como artifício gerador de satisfação, porque os mecanismos pelos quais a religião foi produzida não se encontram palpáveis, como, por exemplo, o estudo embriológico in vitro do ato da concepção de uma vida, logo seu aparato científico desatualizou-se e os aspectos sociais, biológicos e sociológicos, que antes eram mais simples, modernizaram-se e ultrapassaram, e em muito, as elucidações religiosas.
Atualmente, a consciência deste artifício foi tomada e com ela uma produção científica maciça por parte daqueles que estudam os preceitos religiosos e junto a eles as prerrogativas biológicas. Logo, alguém que possui uma religião, e que sabe pensar de maneira científica, pode, e muito, contribuir para os questionamentos bioéticos e enriquecer seu conteúdo, afinal, a religião em si, é a própria pesquisa, mistificada como ignorante, alienante e desprovida de produção científica.


“A Fé sem questionamento é tola. E a cientificidade sem subjetividade mais ainda”