domingo, dezembro 31, 2006

A emocionante ROTINA de ser cristão!



Por muito tempo procurei entender qual o significado de um relacionamento íntimo com Deus. Como poderia obter algo dessa magnificência sendo um pecador, que transgride constantemente os principios morais bíblicos deixados por Ele. Mas antes de compreender isto, a resposta me foi dada depois de uma profunda reflexão e meditação nos conceitos bíblicos, na natureza imutável de Deus e da essência imutável do ser humano. Ser humano imutável? (vocês devem estar se perguntando). Sim! biblicamente o ser humano foi feito a imagem e semelhança de Deus alguns de seus atributos nos foram conferidos. Se Deus é imutável o ser humano também o é. Mas o que nos difere é a natureza pecaminosa que nos coloca "acima" de Deus, abraçamos o mundo de tal maneira que nossa essência fica obliterada (apesar de não desaparecer), perdemos a dependencia cotidiana de Deus em nossas vidas. O verdadeiro relacionamento surge do resgate dessa essencia bloqueada pelo pecado através da conscientização, que deve ser gerada em nós, através do estudo bíblico, que retoma os conceitos por nós inviabilizados pelo pecado. Compreendendo isto é possível analisarmos a rotina de um cristão, que é massacrante e desgastante como de qualquer outra pessoa. A chave para que essa rotina torne-se diferenciada (paradoxal não?) a cada dia é compreender que uma vez restabelecido a essência inicial posta por Deus em nós, a intimidade com Deus só tende a crescer! e ela se manifesta no nosso dia a dia de multiplas maneiras diferentes. Deus o tempo todo se mostrará a nós nas ações mais inusitadas do dia; na faculdade, trabalho, relacionamento com amigos, no transito, na natureza enfim, integralmente. O nivel de relacionamento está diretamente ligado a atenção por nós empregada (a pró-atividade, o esforço feito por nós) para encontrarmos os ensinamento de Deus em nossas vidas. Quando passamos a fazer isto, nossa vida se torma infinitamente mais emocionante e Deus literalmente se torma um amigo fiel como nos é apresentado biblicamente. Esse é o âmago da vida cristã verdadeira! vivermos como Deus nos mostra no nosso cotidiano e aprendermos com seus ensinamentos diários

(Imagem: Relógio - Savador Dali)

Quando se encontra um amigo, não existe tempo!


Misteriosamente a vida caminha de forma irregular e injusta quando se fala em relacionamentos. Pessoas vem e vão de nossas vidas com a intensidade e velocidade de um raio, e as vezes elas possuem um significado tão importante, que é dificil acreditar que superaremos o adeus. Amigos que se vão, amores que se perdem ( ah! se pudéssemos retornar no tempo e contemplar a volta do amor que nunca se foi!), familiares que se mudam, comportamentos que se mudam, ambientes que se mudam, mudanças...mudanças...mudanças... o ciclo existencial de cada indivíduo só se mantem rotativo porque mudanças acontecem. Mas felizmente, apesar da saudade e do pedaço que é retirado do fundo de nossos corações quando queridos partem, a certeza de que novas pessoas semelhantemente importantes (mas nunca iguais) e novos desafios contemplarão novas amizades. E isso é uma dádiva de DEUS!
Amigos que me deixarão (e se vocês lerem isto sabem que é de vocês que estou falando) estarão sempre guardados aqui no meu peito, mesmo que a rotina mude, que a distancia aumente que os caminhos se difiram.
AH! SAUDADES....


(imagem: pintura a óleo. A despedida - Lucemar de Souza)

sábado, dezembro 30, 2006

MORRE SADDAM!: Um interlúdio à reflexão de sua sentença de morte.




Hoje não é um dia comum, naturalmente por ser vérpera de ano novo, mas também por que morre um ícone social universal: Saddam Hussein. Ele pode ter matado um grupo de pessoas (148 civís Xiitas) e aparentemente ter merecido a morte, e morte por forca vergonhosamente, porém, convido a todos que lerem este interlúdio que reflitam atentamente sobre os aspéctos sociais causais que definiram o comportamento deste ditador e sua sentença executada. Claramente o Código de Hamurabi foi aplicado aqui: Olho por olho dente por dente, trocar a morte de tantas pessoas executadas por Saddam pela sentença de morte condenada a ele mesmo. Mas qual a essencia desse comportamento? Saddam matava porque possuia um interesse visível na morte das pessoas, e estas mortes foram apenas consequência desta causa maior: Este interesse particular. Talvez ele o tenha feito para manter sua hegemonia, trazer legitimidade à seu poder, amendrotar a população alheia, mostrar seu poder bélico ou tantos outros possíveis motivos que o levaram a cometer a atrocidade. Ora, compreendendo o motivo principal que levou Saddam a cometer os assassinatos tracemos um paralelo com a sentença a ele imposta: Morte por forca. Mas não seria essa sentença em sua essência um interesse particular (dos EUA) em puní-lo pelas mortes de tantas pessoas. Interessante! em ambas as situações tanto SADDAM como o comitê que definiu a condenação, a ação por interesses foi realizada, e isto coloca ambos no mesmo patamar! Ser movido por ações que lhe tragam benefícios é moralmente condenável! Logo, FORCA para Sadam e forca para os condenadores de Saddam! e forca para os condenadores dos condenadores de Saddam!. Esta idéia parece paradoxal, mas essencialmente é o que aconteceu nesta madrugada do dia 30, quando impiedosamente mataram o ditador. Agora seguindo o pensamento social de Kant, que preconizava a universalização de uma máxima e a aplicabilidade desta no ambiente social, analisemos: SENTENCIAR À MORTE ALGUEM QUE AGIU POR INTERESES. Como mostrado acima, esta universalisação é inviável, por que acarretaria uma corrente infindável já que os condenadores também agem por interesses. Só nos resta constatar que a execução foi moralmente condenável e desprovida de utilidade ética para o ambiente social!


sexta-feira, dezembro 29, 2006

CARPE DIEM?



Viva o dia como se fosse o último. É interessante como hoje o grupo de adeptos desse estilo de vida vem crescendo. A falta de consciência moral produz indivíduos cada vez mais particularisados, com ânsia de obter seus prazeres e luxos. Quando uma pessoa procura pensar em sua vida e estabelecer conceitos que regem seu cotidiano, não existe espaço para o Carpe Diem. Ela procura desenvolver premissas que norteiem sua vida, dando-lhe siginificado, tornando incompatível uma vida sem planejamento (uma vida vivida como se fosse a última). Essas premissas não passam de ações sociais que exteriorizam o que nós somos e como nos relacionamos com o espaço e o meio, e sua boa funcionalidade corroborará para a transformação destas em códigos morais específicos que tornarão a vida em sociedade mais justa. Por exemplo, quando vivemos irresponsavelmente, seguindo as diretrizes do carpe diem, podemos cometer atos que nos trarão prazeres fugazes como beber desmedidamente e dirigir em alta velocidade rumo uma boate. Essa "ação social" é impensada, poque do contrário o indivíduo analisaria os riscos de fazê-la. Observaria a relação desta ação com as pessoas que dividem o mesmo espaço que ele, e o dano potencial que ela pode gerar. Ao fazer isto, a pessoa deixa de viver apenas por viver, por que as ações tecem significados mais profundos à própria existencia humana. A vida se transforma em uma auto-análise constante que procura, sempre, trazer o crescimento e maturidade enquanto se vive. Talvez seja exatamente isto que o ilustre pensador e filósofo Sócrates tentou ensinar quando desenvolveu a máxima "Conhece-te a ti mesmo", eu acrescentaria: Conhece-te a ti mesmo e viva de maneira mais saudável, madura, e menos egoista.

Solidão.


Posso ver-te pela minha janela. Em plena garoa de primavera. Tão perto, tão distante, tão cintilante, como o sol nascente.

O vazio da rua, o vazio do ser, somente minhas lágrimas podem entender – que meu amor não é como estou.

É como a garoa da primavera vista pela minha janela. Tão distante, tão perto e cintilante do sol nascente.

Luiz Augusto Vallim