sábado, dezembro 30, 2006

MORRE SADDAM!: Um interlúdio à reflexão de sua sentença de morte.




Hoje não é um dia comum, naturalmente por ser vérpera de ano novo, mas também por que morre um ícone social universal: Saddam Hussein. Ele pode ter matado um grupo de pessoas (148 civís Xiitas) e aparentemente ter merecido a morte, e morte por forca vergonhosamente, porém, convido a todos que lerem este interlúdio que reflitam atentamente sobre os aspéctos sociais causais que definiram o comportamento deste ditador e sua sentença executada. Claramente o Código de Hamurabi foi aplicado aqui: Olho por olho dente por dente, trocar a morte de tantas pessoas executadas por Saddam pela sentença de morte condenada a ele mesmo. Mas qual a essencia desse comportamento? Saddam matava porque possuia um interesse visível na morte das pessoas, e estas mortes foram apenas consequência desta causa maior: Este interesse particular. Talvez ele o tenha feito para manter sua hegemonia, trazer legitimidade à seu poder, amendrotar a população alheia, mostrar seu poder bélico ou tantos outros possíveis motivos que o levaram a cometer a atrocidade. Ora, compreendendo o motivo principal que levou Saddam a cometer os assassinatos tracemos um paralelo com a sentença a ele imposta: Morte por forca. Mas não seria essa sentença em sua essência um interesse particular (dos EUA) em puní-lo pelas mortes de tantas pessoas. Interessante! em ambas as situações tanto SADDAM como o comitê que definiu a condenação, a ação por interesses foi realizada, e isto coloca ambos no mesmo patamar! Ser movido por ações que lhe tragam benefícios é moralmente condenável! Logo, FORCA para Sadam e forca para os condenadores de Saddam! e forca para os condenadores dos condenadores de Saddam!. Esta idéia parece paradoxal, mas essencialmente é o que aconteceu nesta madrugada do dia 30, quando impiedosamente mataram o ditador. Agora seguindo o pensamento social de Kant, que preconizava a universalização de uma máxima e a aplicabilidade desta no ambiente social, analisemos: SENTENCIAR À MORTE ALGUEM QUE AGIU POR INTERESES. Como mostrado acima, esta universalisação é inviável, por que acarretaria uma corrente infindável já que os condenadores também agem por interesses. Só nos resta constatar que a execução foi moralmente condenável e desprovida de utilidade ética para o ambiente social!


Um comentário:

[ W ] A L Y N disse...

Spin.
De uma maneira geral Sim! concordo com você plenamente. Se o código de justiça possui falhas (o que inquestionavelmente possui) não aplicá-lo tornaria a a vida em sociedade impraticável, ou seja, pior ainda se não o tívéssemos. Mas especificamente no caso do Saddam interesses político-sociais estavam envolvidos. Era praticamente uma questão de Honra para as nações envolvidas no embate no oriente, que caçassem Saddam e que o punissem rapidamente (por que fica claro que belicamente, os EUA principalmente, tiveram uma baixa muito grande na guerra, e o sistema de guerrilha tornava impossível a dominação plena no país)
Agora confira meu outro texto logo acima o qual eu faço um pequeno ensaio a respeito da pena de morte especificamente. Você vai concordar comigo com certeza! (te conheço rapá! hehe)adorei sua contribuição aqui no blog.. apareça sempre!