terça-feira, janeiro 02, 2007

Admirável Mundo Novo. Um paralelísmo da fixão de Aldous Huxley e da realidade contemporânea.


Talvez, entre tantas obras literárias que eu tenha lido até hoje, admirável mundo novo esteja entre as mais fascinantes. É sempre emocionante apreciar uma obra que mesmo romanceada, traga um conjunto de valores profundamente relevantes, os quais são apresentados ao leitor para posterior análise. Ao devorar as páginas rapidamente, me atentei a uma frase que viria posteriormente, após o desenvolvimento do alicerce do livro, ser o foco principal de toda a trama: "Não há civilização sem estabilidade social, e não há estabilidade social sem estabilidade individual". Esta frase é extremamente interessante, porque a despeito do livro trazê-la de uma forma inverossímel, pois utiliza-se de um condicionamento psico-socio-biológico impraticável para produzir indivíduos, ela retrata realmente a formação de uma sociedade quase perfeita. Para produzir este tipo de sociedade, é imprescindível à reestruturação social partir do micro-cosmos para o macro-cosmos, ou seja, do indivíduo para a sociedade e da sociedade para o civilização.
Quando se traz estabilidade financeira, relacional, emocional, cultural para um indivíduo, este consegue se inserir em uma sociedade de alto nível (e está ai o grande problema de algumas sociedades, pessoas muito intelectualizadas contrastando com de níveis mínimo de intelécto), e este indivíduo pode então praticar ações sociais benéficas para crescimento de toda sociedade. Esta mesma sociedade, majoritariamente composta por pessoas deste nível, poderá então começar a crescer e extrapolar para mais altos léveis sociais, a ponto de se tornar uma organização tão forte, tão rica (entende-se não somente a riquesa material, que é a menos significante das riquesas) e tão influente, que esta pode extrapolar as barreiras territoriais e nortear as ações de outras sociedades, até o clímax: Uma civilização completamente desenvolvida, em alto nível, e alta condição social.

"Enquando a base individual não for restabelecida, uma sociedade nunca existirá em sua plenitude" Luiz Augusto Vallim.

3 comentários:

Anônimo disse...

Ainda não li mas me parece interessante...
to atualizando meu blog agora..
intehh

Anônimo disse...

Vallim!!
agora estou motivada a terminar esse livro.. comecei, mas não terminei por "falta de tempo" (psicológico hehe)
qnto ao post, concordo! ;) só não acho de todo ruim a existencia da variabilidade entre as pessoas, até a intelectual. Essa diferença entre os indivíduos q torna nossa sociedade rica, visto q, nem msm sabemos o q seria uma pessoa intelectualizada. bom é só uma idéia, tvz eu não tenha compreendido direito... mas vou deixar essa discussão pra qndo nos encontrarmos heheh
bjoss t+

Mariana Mauro disse...

Estou muito feliz!
Feliz por ter indicado este livro a vc! Quando eu indico um livro a alguém eu fico com a esperança boba de que a pessoa sinta o mesmo que senti ao lê-lo, isso raramente acontece! Não pq tenho maior sensibilidade que os outros, mas pq cada um interpreta e encara a leitura de forma diferente, mas a minha alegria é saber que vc encherga o livro (não apenas este) como um caminho de reflexão e não um passatempo...Irei sempre recomendar livros á vc!
Bjooo