sexta-feira, janeiro 12, 2007

Por que tenho medo de dizer quem sou?


As férias estão indo... e com ela meu precioso tempo de ociosidade. Mas uma ociosidade bem aproveitada; tirei um tempo para ler alguns livros que faltavam e para refletir mais sobre situações de minha vida.
Trago aqui mais um livro, desta vez técnico, que em muito me auxiliou a compreender a mim mesmo e as pessoas que me cercam. O título do livro é o mesmo do tópico; o autor: John Powell.
Em seu livro, um maravilhoso ensaio evocando o auto-conhecimento e a relação interpessoal, ele apresenta o caminho a ser percorrido por um indivíduo pare que este viva plenamente e em perfeição relacional. Para isto, é necessário que este consiga um equilíbrio entre a interiorização e exteriorização de seus sentimentos, ou seja, saber ter momentos de reflexão profunda pessoais, e momentos de se abrir com alguem que lhe traga confiança e compreenção de seus sentimentos.
O Interessante do livro, é os tipos psicológicos que este tráz em suas páginas, o que nada mais são que fugas, jogos, papéis que o indivíduo interpreta no seu cotidiano para esconder seus verdadeiros sentimentos reprimidos.
Não serei impiedoso, e explicarei alguns deles aqui para aquietar a curiosidade de quem estiver lendo:

Sempre Certo:
Esta pessoa raramente perde uma discussão, mesmo quando todas as evidência se voltam contra ela, ainda sim consegue respeito por sua posição. Não escuta bem as pessoas e parece que não espera aprender grande coisas com elas. Basicamente, sua auto-estima está ameaçada. Age com o dobro de segurança para se defender de suas dúvidas desmoralizadoras que agitam em seu subconsciente e tendem a minar sua certeza. Seu comportamento indica o oposto do que parece ser verdade. Tem dúvidas profudas e subconscientes sobre si mesma e suas opiniões.

Todo Coração:
Acredita-se que a formação de reação seja responsável pela sua preocupação excessivamente amável e sentimental da pessoa. É uma compesação subconsciente por suas tendências sádicas (cruéis). Todos nós temos inclinações cruéis algumas vezes, mas esta pessoa fica especialmente amedrontada peranto isto.

Corpo Bonito:
Em geral a vaidade física é uma compensação para um sentimento corrosivo de inferioridade. A pessoa bonita ou charmosa que usa esse jogo, busca no espelho da parede e nos olhos dos outros o seu próprio reflexo por que não consegue encontrar consolo mais profundo para sua inferioridade.

Valentão:
O jogo é uma tentativa infantil da pessoa de reivindicar sua superioridade sobre os outros. Quer dominar, seja com palavras ou com manifestação física, se ele se sentir seguro para isso. Esta manifestação indica ausência de auto estima.

Palhaço:
O palhaço compulsivo está buscando algum tipo de atenção. Fazer palhaçada as vezes é um artifício para escapar. O palhaço não sabe lidar consigo mesmo em uma situação séria, nem sabe reagir a tristesa: assim adota uma atitude de alegria irresponsável. Na sua convivência com os outros suas palhaçadas servem como máscara de defesa para evitar que os outros saibam quem ele é de verdade.

Flertador:
O jogo do flerte é basicamente uma tentativa de conseguir algum tipo de reconhecimento para o ego. É usado geralmente por pessoas que nunca cultivaram qualquer tipo de aprofundamento emocional. Só as relações mais profundas podem trazer segurança para o ego. Essa segurança resulta de um maior auto-conhecimento do que auto-aceitação. No flerte, a pessoa se recusa a correr o risco de um relacionamento de auto-revelação: prefere fugir.

Fofoqueiro:
O participante da fofoca, como os outros jogadores, o faz por interesses pessoais. É incapaz de usar todo o potencial de suas habilidades; é derrotista e sente-se pesaroso por não poder corresponder ao seu ego ideal. Assim, prefere aumentar a sua auto-estima minando a estima dos outros.

Hedonista:
A pessoa do tipo "prazer acima de tudo" tenta esconder sua imaturidade emocional através de eufemismos ("o importante é aproveitar a vida"), mas a imaturidade aparece rapidamente em seus relacionamentos. É o que caracteriza a criança e o neurótico. Os habitos de hedonismo são adquiridos geralmente como compensação para os aspéctos difíceis da vida. "Fui ignirado e imcompreendido, por isso agora como a vontade e me masturbo o tempo todo"

Intelectual. Vulgo o cabeça:
Nosso programa social nos leva a sermos intelectuais e a desprezarmos as relações humanas intensas, especialmente porque são emocionais. Muitas vezes a pessoa que assume o papel de "intelectual" tem medo de suas emoções ou se sente desconfortável com elas por qualquer razão. Talvez tenha sido programada para não mostrá-las por pensar que sentimento é fraqueza. Algumas vezes, também, a pessoa se sente incapaz de relacionar com os outros e de fazer amizades e assim, se refugia em sua pose de intelectual.

O livro aborda muitos mais jogos, eu coloquei apenas alguns. Apesar de não ser o mais interessante do livro, compreender os jogos nos faz crescer como indivíduo e acima de tudo: indivíduos sociais.



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