segunda-feira, janeiro 01, 2007

Pequena reflexão a respeito da Pena de Morte


Toda ação que não possui aplicabilidade social deve ser rejeitada. E para que uma ação tenha aplicabilidade, ela deve seguir alguns parâmetros: Sempre trazer benefício a população, agilizar as atividades sociais para maior dinamização vivencial, não ocasionar conflitos entre os "participantes" da vida em sociedade, e acima de tudo, ser justa. Quando alguns destes princípios são quebrados, a ação torna-se patológica. Ao questionamos a respeito da pena de morte o caso é ainda mais sério , porque nem sempre punimos da maneira correta os infratores. Muitas das transgressões sociais (entende-se por não cumprimento do código moral específico de certa sociedade) não estão aparentes no mundo sensível, mas apenas no inteligível. Ora, tomemos por exemplo mais recente, a execução de Saddam Hussein. O crime de Saddam possui uma ideologia intrinseca que foi construida com o tempo no próprio caráter dele (assim como qualquer outro crime merecedor ou não da pena de morte). Querer para a si a terra denominada por sua religião sagrada, utilizando-se de ações inescrupulosas, tais quais; assassinar, destruir territórios, incentivar a violência, é o que caracteriza seu crime, e o que define sua ideologia intrínseca citada logo acima. Essa ideologia não existe materialmente, ela é uma idéia, e portanto deve ser julgada de acordo com sua natureza. Simplismente matar o ditador não elimina esta idéia, e em determinado momento da história, ela florescerá no coração de mais pessoas para continuar o legado de Saddam (no caso dele, mais rapido do que imaginamos, visto que seus seguidores, na verdade partidários desta mesma idéia, já cometeram atos terroristas em protesto). Compreendendo que toda ação patológica possui sua causalidade específica no mundo inteligível das idéias, e que esta deve ser combatida neste mesmo mundo, punir fisicamente um trangressor é (como dito no final do post anterior) condenável e desprovida de utilidade ética para o ambiente social! justamente por que a patologia se mantém. O ideal seria que um processo de re-educação fosse aplicado, para que a idéia subversíva seja enfim eliminada e substituida por uma outra mais saudável.

Obviamente, que alguns bons anos de claustro (talvez um nome mais interessante para prisão, visto que esta não seria mais um acessório para punir, mas trazer reflexão ao transgressor) seriam interessantes para que o infrator reflita suas ações.

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