terça-feira, outubro 16, 2007

Dia de Chuva.... (cada caso é um caso)



Termino das aulas. Eu, Jisuis e Capeta saimos da faculdade correndo! A Chuva estava a mil (ou talves dois mil). Capeta de carro, logo, peguemos carona - Eu e Jisuis. Sabe aquela chuva que poderia matar um? na verdade ela matou! acho que uns três ou quatro aquele dia - Eu juro! saiu no jornal.
Saimos correndo como loucos - Menos Jisuis, poque obviamente Jisuis num é louco. Errata: saimos correndo como loucos: eu e o capeta! e Jisuis põe-se a levitar entre a chuva (que ele mesmo enviou). Até avistarmos o carro do capeta. Um carro envenenado dos infernos! (tão envenenado como o veneno da serpente no Eden sabe?) - qualquer semelhança é mera coincidência.
Eu não pensei duas vezes! logo que pude me atirei no banco do passageiro, papéis com assinaturas a sangue de almas vendidas em cima, e eu nem liguei, amassei e molhei todos! Foi então tive a visão do inferno (não! não estavamos indo fazer uma boquinha na casa do capeta). Jisuis, com suas asas angelicais ja estava sentado no banco da carona, e inclusive ja havia fechado a porta, quando avistamos, ou melhor, ouvimos:
"AAHHHHHHHHH !!!![voz de Kiusa (JASPION, et al, mil novecentos e bolinha)] - O que estão fazendo no meu carro, malditos????"
Ali que observei, da janela lateral (não do quarto de durmir), capeta, tomando chuva, tentado abrir desesperadamente o carro, (que ja estava aberto) mas a chave não entrava. Então que tive um daqueles lapsos magníficos que duram talvez 1/3 ou 1/4 de segundo o qual pensei: Meu Deus! estamos no carro errado!
A cara ficou vermelha de vergonha na hora, os papeis molhados não eram contratos malignos infernais, e sim provas das aluninhas de fisioterapia (e que aluninhas). Jisuis, esperto como sempre, simplesmente usou seus poderes extra-sensoriais que nem olhos viram, nem ouvidos ouviram (você sabe o resto) e escafedeu-se! O capeta, canastrão que só, fingiu que nada tinha acontecido e foi pro carro da frente (que agora sim era o dele). E eu, que sou apenas um humaninho, levei a culpa.

Observação 1: beribencata camanta beribecanta camanta http://www.youtube.com/watch?v=IToOA0rEtyo&mode=related&search=

Obervação 2: Se o bem e o mal estão juntos, um terceiro que não tem nada a ver com a história leva o pato. NÃO ANDE COM QUEM NÃO É PARA SEU BICO.

ahahah meu Deus... eu consigo ser excessivamente tonto quando eu quero!
(pior, a história é verídica, mas nada de capeta e Jisuis nela!) hehe

sábado, julho 07, 2007

A Margem esquerda do rio.


Ja pensaram que ninguem é do mesmo jeito sempre? e que até mesmo o rio possui duas faces? duas margens que correm juntas, independente para onde ele vai, as suas margem o acompanham. Parece banal, mas é nestas pequenas observações que surgem as maiores refexões. Ora, as vezes se faz necessário despertar dentro de si a outra margem, aquela que sempre é mais tortuosa que desvia-se mais do caminho original do rio. Aquela, que se embrenha em florestas, que se arrasta pelas montanhas, que se divide em riachos, lagos, mas que no final sempre retorna para o seu leito afim de chegar ao mar, ao grande mar de sonhos, tão esperado e idealizado por muitos. Em que margem do rio você está agora? Está naquela que você sempre almejou estar? está na margem dos seus sonhos, dos caminhos do seus sonhos? na magem das suas tradições? preciosas tradições que te prendem à pequenezas da vida? Na margem que lhe parece a ideal para atingir o mar mais rapidamente? Pense bem!
As vezes é necessário se embrenhar por caminhos diferentes! conhecer situações diferentes das que você está acostumado, criar novos hobies, descobrir coisas novas, andar por caminhos arriscados e perigosos, fazer coisas que você jamais se imaginou fazendo, dar a chance àquela pessoa tão diferente de fazer diferença em sua vida. É esta a outra margem, a margem esquerda do rio, a que se escuta tanto falar, mas que é dificil de se imaginar. Viva a vida, seja responsável, crie oportunidades, ame, chore, se apaixone, beije, beba uma cerveja com os amigos, e esqueça! nem que seja por um tempo, àquela margem direita, a que é direita para o sucesso, mas somente para isso. Ou se você for bom o suficiente, viva as duas margens, mas cuidado! você pode se afogar.

domingo, junho 03, 2007

ANÁLISE: SPIDER MEN 3


Depois de ouvir o comentário de pessoas insisistentes destruindo este filme, eu percebi que a maioria deles não compreenderam o filme; então trouxe algumas (das muitas) explanações do filme. Que isto sirva de formação de opinião, e mudança de olhos para com um excelente filme, mas mal interpretado!:


O lado "emo do spiderman" no filme não é desnecessário, e tão pouco Irônico. Creio eu que ser uma comédia foi a ultima intenção do diretor ao colocar aquela sequencia de cenas. Até os ultimos 10 segundos tudo parecia desnecessário até aquele tapa que desnorteia a marry jane, e ela indaga: "QUEM É VOCÊ?" e o peter responde: "EU NÃO SEI!" ali tudo fez sentido. Não era o Peter alí! era o que ele gostaria de ser! Alguem que se destaca, que chama a atenção, que tem poder de persuasão, que consegue oprimir, ou seja, alguem que ele gostaria de ser. O simbionte não é um hospedeiro intra-celular obrigatório, ele é um hospedeiro "intra-emocional obrigatório" ele sobrevive manifestando em sua vítima, seus desejos mais obscuros e reprimidos. Ora, todos nós possuimos esse instintos; as vezes somos sádicos, maldosos, infames, esse é o ser humano! a nossa sensura incosciente não nos permite ser claros ou transparentes com estes sentimentos (o que é um alívio), mas o simbionte oblitera esta sensura. Este spidermen 3 é o melhor de todos (apesar da maioria não achar isto) e simplesmente porque ele está mais profundo que os demais. Enquanto as pessoas dizem: "têm muitos personagens e faltou explorarem mais eles" "O homem areia é inutil"; é porque na verdade não compreenderam que o espaço temporal longo foi substituido por trechos menores, mas infinitamente mais profundos. Psicologicamente, e moralmente este filme é excelente! É possivel observar varias coisas interesantíssimas (como este aspecto do peter depois de possuido pelo simbionte). Concluindo, não existe nada de EMO em Spiderman 3, certamente, se simbiontes entrassem em algumas pessoas; parecer como um emo seria pouco perto da obscuridade do comportamento reprimido humano!

Outros aspectos: HOMEM AREIA
- Homem Areia. A relação Maldade X Incosciência.
O homem areia representa o desepero, a falta de consciencia pelos seus atos para resgatar oque ele amava. O roubo e a morte do tio Ben nada mais foi que a consequencia de seus atos. Ele é um personagem muito profundo, possui duvidas desmoralizadoras, que destroem sua perspectiva de vida sã, ou seja, essas duvidas criam nele a impossibilidade de viver uma vida moralmente aceitável porque ele possui em sua consciencia o Fantasma do Tio Ben. Os temores são canalizados para o "preciso salvar a vida de minha filha, logo mato o spidermen, roubo, a passo por cima de tudo" é uma tentativa frustrada de ter motivos para fazer as Maldades que fazia (mesmo sabendo internamente, que ele está totalmente errado). No final, a redenção, o pedido de perdão (e o interessante é que insiste em não admitir verbalmente, apesar de saber que estava errado, pois ele diz: Eu não quero que você me perdoe [ele quer isso], quero somente que você me entenda), e a liberdade conseguida. É totalmente perceptível o paralelo que o diretor utiliza ao colocar o homem de areia desaparecendo no final (virando pó, e flutuando pelos ares), voar representa liberdade, aquele fardo que ele carregava enfim se foi, como a area do deserto que é impelida pelo vento. PERFEITO.

Outros aspectos: Duende Macabro
Harry Osborne: Crise de identidade + Complexo de Inferioridade + Superação.
Este é meu personagem preferido. É interessante como o autor do filme coloca outros simbiontes! vocês perceberam!? sim, aquele espelho, a imagem do pai, a pressão psicológica é um simbionte poderoso. Quando nossa consciencia é dominada pelos nossos temores, o caos está formado. Primeiro, quando alguem possui sua confiança ameaçada (crise de baixo alto-estima) Age com o dobro de segurança para se defender de suas dúvidas desmoralizadoras que agitam em seu subconsciente e tendem a minar sua certeza. A presença de harry sempre foi obliterada pela geniosidade de seu amigo Peter, seu pai, Osborne, sempre idealizou no filho a figura do Parker. crescer com esse estigma dói, doi demais! cria temores, psico-patologias, como a imagem do pai vista no espelho (obviamente aquilo não existe! são visões incoscientes do harry) e libertam no indivíduo o desejo intenso de aniquilar aquilo que lhe tormenta. Esta é o perfil normal da maioria dos psicopatas. Normalmente eles possuem uma vida normal, trabalham, estudam, namoram, mas essa personalidade normal é uma mascara! O perfil original é o sociopata! o mesmo ocorre com o Harry, ele vivia normal, mas era uma máscara para sua verdadeira essencia: "a de vingador! destruir o Peter para que tudo volte ao normal!" Esse aspécto é tão verdadeiro, que quando ele perde a memória, com ela a personalidade sociopata deveria morrer! mas isso não acontece porque ela está a nivel INCONSCIENTE, e este nivel não pode ser apagado (não que eu saiba). No final, a redenção também surge para Harry, é revelado a ele que o seu pai não foi assassinado pelo Spidermen (O pseudo-motivo para destuir Spider enfim se foi) ele pode reparar sua incosciencia machucada pela consicencia do amor que ele possuia pelo seu amigo! a AMIZADE foi superior! ele sacrificou sua própria vida para salvar a quem odiava (á uma linha tênue entre o ódio e o amor) PERFEITO NOVAMENTE!

Outros aspéctos: PERSONALIDADE
Se teve uma parte que realmente eu ri, foi a falta de sensibilidade do Peter! ele dizendo a mary Jane que ele também tinha problemas sérios, o tempo todo pessoas atrás dele, querendo autógrafos, querendo se relacionar com ele! ele não aguentava mais isso. Obviamente não era aquilo que MJ gostaria de ouvir, ela estava acabada! se sentindo fraca, inutil, incapaz, palavras de ânimo tinham de ser proferidas naquele momento. Mas não foi oque aconteceu:
analisemos:
MJ é uma estrela, consegue dar vida as suas personagens, trasmitir sentimentos a algo que não existe (como um personagem de uma peça de teatro). Esse tipo de capacidade é totalmente interior. Seu julgamento certamente é baseado em seus sentimentos, e por ser uma pessoa totalmente humana ela o faz com maestria. Peter é um frio, (não quer dizer que não tenha sentimentos, só não consegue demonstrá-los com eficácia) ele é totalmente racional, e utiliza-se de sua razão para inferir julgamentos. Essa combinação é perigosa (SENTIMENTOS + RAZÃO) porque em momentos de dificuldades, o sensível é unidimensional, é apenas uma mão que vai! MJ con certeza consolaria Peter quando este tivesse mal, mas Pter não conseguiria fazer o mesmo! e é exatamente oque acontece! Fantástico! muito legal a exploração psciológica do filme, de simples interpretação e totalmente real.

Conclusão: Quem odiou o filme, assista denovo (eu tenho o filme e posso emprestar), e procure desenvolver um lado crítico mais apurado para compreender as minúcias! na realidade isto é tão importante quanto se divertir vendo o filme!

quinta-feira, maio 31, 2007

Tudo é Eventual

TUDO É EVENTUAL (Luiz Augusto Vallim)

"Eis que um andarilho saiu a caminhar, andando pelas alamedas da vida viu o sol se debandar, a lua se alu(a)miar, o dia novamente raiar, a vida se renovar.
Viu o mar se embrenhar, as portas das casas dobrar, a multidão de pessoas ecoar, os cargueiros do oceano zarpar.
Viu e sentiu, desejou ser o que viu, sentiu o desejo de ver, viu novamente e sorriu. E viu, e sorriu, e viu e sorriu."





Ja pensaram que realmente tudo é eventual? que o cotidiano, por mais cotidiano que seja, ainda segue a grande e inexorável eventualidade do existir. A dialética perfeita da vida, aquela história da tese-antítese, que forma uma síntese, que se transforma em uma nova tese, é totalmente verdadeira. E por que? porque é eventual.

terça-feira, maio 22, 2007

A luz que dá Calor


ASSISTAM ESTE VIDEO ANTES DE LER:

http://www.youtube.com/watch?v=gWXDnyuoUM8

Light Gives Heat
Jars Of Clay

Catch the rain empty hands,
Save the children from their lands,
wash the darkness from their skin.

Heroes from the West,
We don't know you, we know best.
But this is not a test.

You treat me like I'm blind, setting fires around houses on the hill,
But light gives heat.
You segregate my mind, burning crosses from your fears, your fears,
But light gives heat.

It's not the way to light their way,
Boys in holes and empty fields,
Oh, how good it feels.
Lower class, and understate, empty promise, empty plate.

You treat me like I'm blind, setting fires around houses on the hill,
But light gives heat.
You segregate my mind, burning crosses from your fears, your fears,
But light gives heat.

You treat me like I'm blind, setting fires around houses on the hill,
But light gives heat.
You segregate my mind, burning crosses from your fears, your fears,
But light gives heat.

Will you teach us how to love? To see the things you see,
Walk the road you walk, and feel the pain that you feel.
At your feet I kneel, I want to see you shine,
See your light not mine... 'cause light gives heat...
your light gives heat... gives heat

EXPLANAÇÃO:

Quem são esses heróis do oeste? São os países imperialistas de século retrasado!?
Tem certeza? eu acho que somos nós! eu e você!
O que vocês tem feito para mudar isso?
- Tem disperdissado água? (visto a necessidade de água potável nos países africanos)
- Tem esbanjado comida inutilmente? (sendo que milhares de crianças morrem de fome todos os anos. Algumas delas acabaram de morrer enquanto alguém lê isto)
- Tem faltado com amor com o próximo? Você tem vergonha de dizer pro seu amigo que o ama ? que ele é importante? A falta de afeição mata! cria temores, patologias, falta de estima. Você quer isso para as pessoas que você gosta?

Pensem nisso.
MAIS UMA VEZ! ASSISTAM O VIDEO!

http://www.youtube.com/watch?v=gWXDnyuoUM8

terça-feira, abril 03, 2007

Último Adeus...


Nas noites mais sombrias desta vida interior.
Posso escutar lamentos, arrependimentos, e uma profunda dor.
Dor de abandono, de não ter dono, este coração.

Dor de sentir falta, de cometer faltas, de faltar com atenção.
Agora vá, receba um novo candeeiro, que traga mais luz, que emita mais calor.
Agora vá, receba um novo cálice, mais doce e ludibriante que seu antigo amor.

Luiz Augusto Vallim

Adeus pra sempre...

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

3 relacionamentos....


Aprendi que existem fundamentalmente 3 relacionamentos que não nascemos com eles:
- Relacionamentos amorosos;
- Relacionamento com amigos;
- Relacionamento com Deus.

E nestas intrigantes redes relacionais é importante sabermos de algumas coisas:

Amigos são amigos e não anjos que nos ajudam a voar quando não temos asas, e muito menos melhor do que fazer amigos novos é conservar os antigos. Isso é retrógrado! Esses clichezinhos que vemos trafegar pela internet não fazem sentido! É importante criar uma rede de relacionamentos até conseguir encontrar àqueles que de fato correspondem com a amizade que você pode proporcionar. Por que, apesar de muitas vezes tentarmos nos adequar a alguns grupos, essecialmente somos os mesmos, e não será facil encontrar o relacionamento pleno se forçando a adequar-se a grupos diferentes do que se é realmente.
Se deixar influenciar a ponto de quebrar conceitos que custou suor e lágrimas para arraigar a seu caráter é extremamente lamentável. Depois que acontece a consciência, pesa e muito.
Pais são pais! e não amigos! tentar estabelecer uma amizade nunca dará certo. Apesar de se dar muito bem com eles, o relacionamento tem que ser de pai-filho e não de filho-amigo.


Namoros moralmente aceitáveis em um contexto cristão nunca começam com "ficadas", é impossível estabelecer um relacionamento aprofundado fazendo isto. Conversar, estar junto, compartilhar de mesmas ideologias fortalecem um relacionamento a ponto de se desenvolver para algo mais sério, um compromisso, e assim se encaminhar para um namoro. Como ja dizia um antigo amigo meu "Das melhores amizades, florescem os melhores namoros (by Fabrizio Salabai)"
Curta seus amigos, uma hora você acaba encontrando um relacionamento legal! e se for pautado em amizade, provavelmente durará pra sempre.



Deus é Deus, e não importa o quanto você erre, o quanto você se fruste com sua vida e com seus fracaços, Ele continuará sendo Deus. Seus lamentos não poderão atingí-lo, a raiva que pode desenvolver Dele, na realidade é apenas uma raiva egoísta de sí mesmo. Mas pode ter certeza, que se escolher viver uma vida de relacionamento íntimo com Deus, será possível sempre encarar seus problemas como oportunidades para crescimento (porque na realidade é exatamente isso mesmo) e conseguirá triblar tudo muito mais fácil. As vezes, uma pessoa pode não te perdoar por alguma atitude sua, mas Deus sempre te perdoará. Por que? porque ele é Deus!!!! e nossa mente limitada nunca conseguirá compreendê-lo plenamente.


Tudo isso parece muito óbvio não? mas me custou aprender e a colocá-lo em prática. Confesso que até hoje erro! e erro muito! Mas me conforta saber que já estava nos planos de Deus que a humanidade errasse, e bastante. Porque de que forma teríamos total dependência Dele se não errassemos nunca?

Pense nisto...

terça-feira, janeiro 30, 2007

BABEL.


Nesta terça-feira chuvosa eu tive o privilégio de ir ao cinema assistir a um filme no mínimo polêmico. Babel. Confesso que não consegui durmir até digerir cada um dos aspéctos e minúcias abordados no filme. Acostumado com o maniqueismo e a banalização de conceitos importantes (como o amor e a violência) do cinema atual, é extremamente excitante correr aos cinemas para apreciar esta película, retrato da realidade contemporânea. Durante o desenvolver do filme, 4 histórias se enlaçam de forma não magistral, mas bastante compreensível, e que corroboram com a famosa teoria do caos, o qual preconiza um desencadear de fatos catastróficos a partir de pequenas ações impensadas (ou as vezes pensadas).

... vou dar um de crítico de seriados... ===> SPOILER!! hehehe

O filme se ambientaliza no japão, marrocos, Eua e México. De maneira inusitada (por isso teoria do caos) um riflle foi parar no marrocos, nas mãos de dois garotos, que inocentemente disparam contra uma turista americana. Após isto uma cascata de acontecimentos culminam em acontecimentos inteiramente éticos e de incidência cotidiana no cenário mundial.
No final lições importantes são demonstradas tais quais; Nem sempre os indivíduos agem com intensões monetárias, a solidariedade ainda pode existir no coração de alguns, ações baseadas na inocência quase certamente terão fins catastróficos, crianças são crianças e necessitam de responsabilidades a sua altura, entre muitas outras. Esse filme serviu como um chacoalhão, pelo menos para mim, para não me conformar com o cotidiano deste planeta, que cada vez mais se afunda na escuridão da ignorância, descaso e inumanidade. O filme é um convite para sermos como a japonesa das cenas finais, afinal das contas, mesmo surda, ela pode compreender melhor que qualquer outro a fragilidade do ser humano e o seu apego ao que não interessa de fato em detrimento dos "bons sonhos" que todos deveriam seguir.

terça-feira, janeiro 23, 2007

MISANTROPO


O indivíduo pertencente a esta estratificação psico-social adora seu próprio espaço. Preza por momentos em que desenvolva sozinho atividades. Estar em silêncio, isolado, e em algum entretenimento que lhe apraza é extremamente gratificante. Na realidade, ser divertindo ou não, estar somente consigo mesmo é muito prazeroso.

Procura não freqüentar lugares muito cheios, e acredita piamente em relacionamentos aprofundados, e que estes só podem ser alcançados em pequenos grupos. Conversas sem aplicabilidade cotidiana, e que não contribuam para um relacionamento saudável são rapidamente descartadas.

Este grau psicológico vivencial em nenhum momento se torna patológico se for mantido de maneira equilibrada. A inclinação a interiorização é saudável, e faz parte da própria personalidade do indivíduo, não representando necessariamente um jogo psicológico para acobertar suas dificuldades. O importante é que ajam relacionamentos aprofundados, para crescimento pessoal, e comunicação psico-social (desabafar seus sentimentos).

Pode traçar monólogos por uma tarde toda, e inclusive conversar na segunda pessoa, expressando sentimentos a indivíduos que não existem. Suas amizades são profundas e intensas, e suas ações sociais procuram partir de dentro para fora, e da mesma forma, encaram outras ações sociais de maneira reflexiva.

Por que eu escrevi isto?

Porque sou assim oras!

Valeu Edilson e Thiago! A conversa foi sensacional como sempre!

quarta-feira, janeiro 17, 2007

APRENDA COM OS SEUS ERROS:

I will never be hungry again!



Parece Clichê, mas é a pura verdade. A psicologia já indica, pessoas que sempre tiveram muita facilidade, e pouca, ou nenhuma, dificuldade em suas vidas (fruto de uma super-proteção familiar, por exemplo) costumam ser extremamente egocêntricas e quase nunca conseguem lidar com as perdas e fracassos.
Ora, a vida seria extremamente desconcertante, se o êxito marcasse presença em todos os momentos. O fracasso, a derrota, são palavras que possuem uma entonação pesada, soa quase como um palavrão; isto pelo simples fato de nossa sociedade crescer nos moldes capitalistas da conquista acima da conquista. Isto é prejudicial!
São nas perdas que de fato paramos para refletir, tentamos compreender o que deu errado, e porque deu errado. O sentimento de frustração é quase que auto-reflexivo. Sempre após uma queda, o indivíduo tenta estabelecer novas metas que atinjam o alvo desejado. Este é o verdadeiro poder de recuperação! Que somente os seres humanos possuem.
Então, se algo deu errado. Tome nota, crie soluções, e não desvie o foco dos objetivos traçados. Mais cedo ou mais tarde, você acerta! E não se esqueça de agradecer pelo erro nosso de cada dia, ele se mostra quase sempre eficaz nas soluções dos problemas.

“Aprenda com o erro dos outros”. Mas que besteira! Passar pela sensação do fracasso é o que desenvolve no ser humano resistência, objetividade e determinação para o alcance das metas traçadas!

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Por que tenho medo de dizer quem sou?


As férias estão indo... e com ela meu precioso tempo de ociosidade. Mas uma ociosidade bem aproveitada; tirei um tempo para ler alguns livros que faltavam e para refletir mais sobre situações de minha vida.
Trago aqui mais um livro, desta vez técnico, que em muito me auxiliou a compreender a mim mesmo e as pessoas que me cercam. O título do livro é o mesmo do tópico; o autor: John Powell.
Em seu livro, um maravilhoso ensaio evocando o auto-conhecimento e a relação interpessoal, ele apresenta o caminho a ser percorrido por um indivíduo pare que este viva plenamente e em perfeição relacional. Para isto, é necessário que este consiga um equilíbrio entre a interiorização e exteriorização de seus sentimentos, ou seja, saber ter momentos de reflexão profunda pessoais, e momentos de se abrir com alguem que lhe traga confiança e compreenção de seus sentimentos.
O Interessante do livro, é os tipos psicológicos que este tráz em suas páginas, o que nada mais são que fugas, jogos, papéis que o indivíduo interpreta no seu cotidiano para esconder seus verdadeiros sentimentos reprimidos.
Não serei impiedoso, e explicarei alguns deles aqui para aquietar a curiosidade de quem estiver lendo:

Sempre Certo:
Esta pessoa raramente perde uma discussão, mesmo quando todas as evidência se voltam contra ela, ainda sim consegue respeito por sua posição. Não escuta bem as pessoas e parece que não espera aprender grande coisas com elas. Basicamente, sua auto-estima está ameaçada. Age com o dobro de segurança para se defender de suas dúvidas desmoralizadoras que agitam em seu subconsciente e tendem a minar sua certeza. Seu comportamento indica o oposto do que parece ser verdade. Tem dúvidas profudas e subconscientes sobre si mesma e suas opiniões.

Todo Coração:
Acredita-se que a formação de reação seja responsável pela sua preocupação excessivamente amável e sentimental da pessoa. É uma compesação subconsciente por suas tendências sádicas (cruéis). Todos nós temos inclinações cruéis algumas vezes, mas esta pessoa fica especialmente amedrontada peranto isto.

Corpo Bonito:
Em geral a vaidade física é uma compensação para um sentimento corrosivo de inferioridade. A pessoa bonita ou charmosa que usa esse jogo, busca no espelho da parede e nos olhos dos outros o seu próprio reflexo por que não consegue encontrar consolo mais profundo para sua inferioridade.

Valentão:
O jogo é uma tentativa infantil da pessoa de reivindicar sua superioridade sobre os outros. Quer dominar, seja com palavras ou com manifestação física, se ele se sentir seguro para isso. Esta manifestação indica ausência de auto estima.

Palhaço:
O palhaço compulsivo está buscando algum tipo de atenção. Fazer palhaçada as vezes é um artifício para escapar. O palhaço não sabe lidar consigo mesmo em uma situação séria, nem sabe reagir a tristesa: assim adota uma atitude de alegria irresponsável. Na sua convivência com os outros suas palhaçadas servem como máscara de defesa para evitar que os outros saibam quem ele é de verdade.

Flertador:
O jogo do flerte é basicamente uma tentativa de conseguir algum tipo de reconhecimento para o ego. É usado geralmente por pessoas que nunca cultivaram qualquer tipo de aprofundamento emocional. Só as relações mais profundas podem trazer segurança para o ego. Essa segurança resulta de um maior auto-conhecimento do que auto-aceitação. No flerte, a pessoa se recusa a correr o risco de um relacionamento de auto-revelação: prefere fugir.

Fofoqueiro:
O participante da fofoca, como os outros jogadores, o faz por interesses pessoais. É incapaz de usar todo o potencial de suas habilidades; é derrotista e sente-se pesaroso por não poder corresponder ao seu ego ideal. Assim, prefere aumentar a sua auto-estima minando a estima dos outros.

Hedonista:
A pessoa do tipo "prazer acima de tudo" tenta esconder sua imaturidade emocional através de eufemismos ("o importante é aproveitar a vida"), mas a imaturidade aparece rapidamente em seus relacionamentos. É o que caracteriza a criança e o neurótico. Os habitos de hedonismo são adquiridos geralmente como compensação para os aspéctos difíceis da vida. "Fui ignirado e imcompreendido, por isso agora como a vontade e me masturbo o tempo todo"

Intelectual. Vulgo o cabeça:
Nosso programa social nos leva a sermos intelectuais e a desprezarmos as relações humanas intensas, especialmente porque são emocionais. Muitas vezes a pessoa que assume o papel de "intelectual" tem medo de suas emoções ou se sente desconfortável com elas por qualquer razão. Talvez tenha sido programada para não mostrá-las por pensar que sentimento é fraqueza. Algumas vezes, também, a pessoa se sente incapaz de relacionar com os outros e de fazer amizades e assim, se refugia em sua pose de intelectual.

O livro aborda muitos mais jogos, eu coloquei apenas alguns. Apesar de não ser o mais interessante do livro, compreender os jogos nos faz crescer como indivíduo e acima de tudo: indivíduos sociais.



quarta-feira, janeiro 03, 2007

Você não aprende nada com os outros



Por Paulo Angelim*

É muito comum vermos nas empresas a seguinte cena: “Coloque o estagiário (o trainee, o novato...) junto com o Fulano de Tal, assim ele aprenderá mais rápido como deve ser feito!”. Ou ainda, “Vou ficar pertinho da Cicrana, olhando tudo que ela faz para aprender como vender melhor e mais!”. Puro engano. Existe muita confusão entre o que seja "saber" e "aprender". Em uma bela música de Beto Guedes, encontramos uma passagem de grande profundidade e sabedoria: "A lição sabemos de cor, só nos resta aprender." Como a música sugere, o fato de sabermos sobre alguma coisa, não implica que a tenhamos aprendido. Acredito piamente neste princípio e afirmo ainda, e categoricamente, que você nada pode aprender com os outros, nem experiência, nem novas técnicas, muito menos novos hábitos. É engano, pura ilusão você afirmar “aprendi muito com aquele novo professor!” Com outra pessoa, você poderá tão somente passar a conhecer novas práticas, técnicas, métodos, estratégias. É óbvio que você deve estar se perguntando: “Sim, mas, então, quando e como podemos aprender algo?”. Somente quando nos propomos a FAZER aquilo que passamos a conhecer, é que podemos dizer que estamos em um processo de aprendizado. Você somente irá aprender sobre algo quando se dispuser a exercitar, fazer, errar, ajustar, fazer de novo. É por isso que somente poucas pessoas conseguem aprender com a vida. A idéia popular de que “a vida é um eterno aprendizado” é falha. Na verdade, “a vida é um eterno ensinamento”, e pouca gente tem decidido aprender com ela. As que aprendem são aquelas que decidiram FAZER algo a respeito do que passaram a conhecer, do que passaram a saber, ou do que passaram a experimentar. Você pode até conhecer algo novo com os outros, mas somente irá aprender consigo mesmo.

O grande risco que você corre em não assimilar esse princípio (só aprendemos algo quando o exercitamos) é cair numa roda vida e interminável de leituras, cursos, palestras, seminários, achando que pelo fato de estar absorvendo todo esse novo conhecimento você está aprendendo algo. Gosto de chamar essa ciranda ou obsessão por novos conhecimentos, sem a conseqüente e necessária aplicação prática, de “obesidade do saber”. Sabe aquelas pessoas que comem, comem, mas não gastam a energia ingerida, tornando-se obesas, verdadeiros depósitos de energia em potencial, mas não utilizada? Ora, isso é diletantismo, é saber sem aprender. Já notou que certas pessoas estudaram muito, sabem muito, mas parece que não aprenderam nada, pois são incapazes de fazer ou aplicar o que sabem? Já viram pessoas que conhecem toda a Bíblia, mas são incapazes de amar, de servir ao próximo. Então, estou falando do fenômeno do saber ou do conhecer dissociado do aprender. Sabem muito, mas não aprenderam nada!

“Mas, porque isso é tão importante para a vida profissional?” Além do risco da “obesidade do saber”, você corre um risco maior ainda: parar de crescer, de evoluir. É simples! A melhor definição que já formulei para o crescimento humano (não o físico, mas o intelectual, o profissional, o espiritual) foi a seguinte: crescer é aprender algo novo. Ou seja, o processo de aprendizado contínuo é o grande responsável por não envelhecermos, por continuarmos em contínuo crescimento, evitando a estagnação. Quando você acredita que saber é a mesma coisa que aprender, você cai na ilusão já mencionada anteriormente (obesidade do saber), não aprende, e pára de crescer de evoluir.

Para arrematar o conceito aqui exposto, deixo-lhe dois belíssimos pensamentos que nos alertam para a necessidade de praticarmos o que sabemos, sob o risco de não aprendermos nada. O primeiro é de Aristóteles: “Excelência é uma arte conquistada pelo treino e hábito. Nós não agimos certo porque temos virtuosidade ou excelência, mas preferencialmente as temos porque agimos certo. Nós somos o que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um ato, mas um hábito.” O segundo encontramos na Bíblia, na carta de Tiago, capítulo 1, versos 22 a 26: “E sede praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos... Entretanto, aquele que atenta bem para a lei perfeita, a da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas praticante da obra, este será bem-aventurado no que fizer.”

Então, aprendeu esse novo conceito? Se disser que sim, é melhor reler todo o artigo, pois, na verdade, a única coisa que no máximo pode ter ocorrido com a leitura deste artigo é você ter passado a saber, passado a conhecer esse novo conceito. Para aprender mesmo, você terá que agora praticá-lo. E a primeira coisa a fazer, o primeiro novo hábito a aplicar será o de parar de dizer que aprendeu alguma coisa com os outros, comigo, por exemplo. E agora, aprendeu? “O quê? Você disse sim, de novo! Bem, deixe-me explicar, mais uma vez...”

(texto extraido do site: http://vocesa.abril.uol.com.br/)
(Paulo Angelim, consulto em Marketing, vendas e Responsabilidade Pessoal)


Decidir o Futuro Corretamente: Uma questão de destruir barreiras interiores.


Vivemos em um mundo em constante transformação, que exige pessoas mais diversificadas para o mercado de trabalho, e até mesmo para o sociabilização. Os mais divertidos, carismáticos, inteligentes, não-alienados, e bem sociáveis conseguem se estabelecer mais facilmente no ambiente social. Aqueles que não o fazem, são infelizmente marginalizados. Mas quando se trata em definir o futuro, as dificuldade são as mesmas para todos. Pensando na fase atual que estou vivendo em minha vida, e na homóloga situação dos amigos que me cercam, tentei compreender – o que me desestimula? – O que oblitera meus objetivos? Foi aí que me dei conta que, o que realmente impossibilita que eu conquiste àquilo que almejo são as próprias barreiras que me imponho. Enquanto o suporte familiar me alicerçar financeiramente, me propiciar condições para estudar e buscar minhas realizações, não existe barreiras que nos prendam. Sobre a se impor adversidades, a consciência criada por nós mesmos aliada a um senso crítico apurado, nos revela, quais barreiras são estas, e como destruí-las. No meu caso, o tempo sempre foi um grande inimigo. Faltar tempo, estar velho demais para alcançar o que almejo já me fez desistir de muitos sonhos. O fato de me sentir atrasado em relação aos outros também já serviu de empecilho para que alcançasse meus objetivos (fazendo-me pegar caminhos diferentes da meta proposta). Hoje estou mais sereno, mais ativo na construção do edifício do meu futuro. Ainda um pouco vagaroso, tijolo por tijolo, mas o importante é que no final estarei com a obra totalmente pronta! E para total usufruto.

terça-feira, janeiro 02, 2007

Admirável Mundo Novo. Um paralelísmo da fixão de Aldous Huxley e da realidade contemporânea.


Talvez, entre tantas obras literárias que eu tenha lido até hoje, admirável mundo novo esteja entre as mais fascinantes. É sempre emocionante apreciar uma obra que mesmo romanceada, traga um conjunto de valores profundamente relevantes, os quais são apresentados ao leitor para posterior análise. Ao devorar as páginas rapidamente, me atentei a uma frase que viria posteriormente, após o desenvolvimento do alicerce do livro, ser o foco principal de toda a trama: "Não há civilização sem estabilidade social, e não há estabilidade social sem estabilidade individual". Esta frase é extremamente interessante, porque a despeito do livro trazê-la de uma forma inverossímel, pois utiliza-se de um condicionamento psico-socio-biológico impraticável para produzir indivíduos, ela retrata realmente a formação de uma sociedade quase perfeita. Para produzir este tipo de sociedade, é imprescindível à reestruturação social partir do micro-cosmos para o macro-cosmos, ou seja, do indivíduo para a sociedade e da sociedade para o civilização.
Quando se traz estabilidade financeira, relacional, emocional, cultural para um indivíduo, este consegue se inserir em uma sociedade de alto nível (e está ai o grande problema de algumas sociedades, pessoas muito intelectualizadas contrastando com de níveis mínimo de intelécto), e este indivíduo pode então praticar ações sociais benéficas para crescimento de toda sociedade. Esta mesma sociedade, majoritariamente composta por pessoas deste nível, poderá então começar a crescer e extrapolar para mais altos léveis sociais, a ponto de se tornar uma organização tão forte, tão rica (entende-se não somente a riquesa material, que é a menos significante das riquesas) e tão influente, que esta pode extrapolar as barreiras territoriais e nortear as ações de outras sociedades, até o clímax: Uma civilização completamente desenvolvida, em alto nível, e alta condição social.

"Enquando a base individual não for restabelecida, uma sociedade nunca existirá em sua plenitude" Luiz Augusto Vallim.

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Pequena reflexão a respeito da Pena de Morte


Toda ação que não possui aplicabilidade social deve ser rejeitada. E para que uma ação tenha aplicabilidade, ela deve seguir alguns parâmetros: Sempre trazer benefício a população, agilizar as atividades sociais para maior dinamização vivencial, não ocasionar conflitos entre os "participantes" da vida em sociedade, e acima de tudo, ser justa. Quando alguns destes princípios são quebrados, a ação torna-se patológica. Ao questionamos a respeito da pena de morte o caso é ainda mais sério , porque nem sempre punimos da maneira correta os infratores. Muitas das transgressões sociais (entende-se por não cumprimento do código moral específico de certa sociedade) não estão aparentes no mundo sensível, mas apenas no inteligível. Ora, tomemos por exemplo mais recente, a execução de Saddam Hussein. O crime de Saddam possui uma ideologia intrinseca que foi construida com o tempo no próprio caráter dele (assim como qualquer outro crime merecedor ou não da pena de morte). Querer para a si a terra denominada por sua religião sagrada, utilizando-se de ações inescrupulosas, tais quais; assassinar, destruir territórios, incentivar a violência, é o que caracteriza seu crime, e o que define sua ideologia intrínseca citada logo acima. Essa ideologia não existe materialmente, ela é uma idéia, e portanto deve ser julgada de acordo com sua natureza. Simplismente matar o ditador não elimina esta idéia, e em determinado momento da história, ela florescerá no coração de mais pessoas para continuar o legado de Saddam (no caso dele, mais rapido do que imaginamos, visto que seus seguidores, na verdade partidários desta mesma idéia, já cometeram atos terroristas em protesto). Compreendendo que toda ação patológica possui sua causalidade específica no mundo inteligível das idéias, e que esta deve ser combatida neste mesmo mundo, punir fisicamente um trangressor é (como dito no final do post anterior) condenável e desprovida de utilidade ética para o ambiente social! justamente por que a patologia se mantém. O ideal seria que um processo de re-educação fosse aplicado, para que a idéia subversíva seja enfim eliminada e substituida por uma outra mais saudável.

Obviamente, que alguns bons anos de claustro (talvez um nome mais interessante para prisão, visto que esta não seria mais um acessório para punir, mas trazer reflexão ao transgressor) seriam interessantes para que o infrator reflita suas ações.